Quem precisa de identidade
Para a autora existem duas formas de responder esta questão.
A primeira consiste em observar a existência de algo que distingue a crítica desconstrutiva à qual muitos destes conceitos essencialistas têm sido submetidos.
Diferentemente daquelas formas de críticas que objetivam superar conceitos inadequados, substituindo-os por conceitos „mais verdadeiros‟ ou que aspiram a produção de um conhecimento positivo, a perspectiva desconstrutiva coloca certos conceitos - chaves „sob rasura‟ . A segunda maneira de responder exige que observemos onde e em relação a qual conjunto de problemas emergem a irredutibilidade do conceito de identidade. A resposta , neste caso, está em sua centralidade para a questão da agência e da política.
Resumindo e concluindo consideramos importante a leitura desta obra pelo fato dela trazer de forma simples e densa a discussão em torno da identidade e da diferença, temas tão atuais e importantes em nossos contextos.
Os autores trazem um conteúdo denso e profundo, porém a leitura é agradável, pois não são fastidiosos em suas colocações.
Não podemos deixar de considerar que sentimos falta de uma conclusão que pudesse nos pontuar antes o que de concreto a obra aborda assim como as motivações dos autores e da autora que os levou a problematizarem um tema tão complexo, embora necessário e atual. Outro sim , sentimos ainda a ausência de uma conclusão que teria o objetivo de unir os capítulos, fazendo um fechamento dos temas abordados, para não nos dar a impressão de uma revista, não temática, onde os temas abordados são independentes uns dos outros.
No tópico seguinte Silva aborda o currículo como narrativa étnica e racial, reafirmando uma superação e ampliação do pensamento curricular crítico que aponta a dinâmica de classe como única no processo de reprodução das desigualdades sociais. O autor alerta para questões como etnia, raça e gênero, configurando