Quem herda não furta

Quem herda não furta

No segundo capítulo, “Quem herda, não furta”, destacam-se as características que o Brasil herdou de seus colonizadores portugueses, explicando-as detalhadamente, são quatro principais relacionadas a estada da Coroa Portuguesa no Brasil.
A primeira característica foi o respeito reverencial pelo estado e o fascínio da proximidade do poder. Os portugueses viam a proximidade do poder para obtenção de regalias como fonte de prestigio. A regra era que a cada problema a sociedade recorresse ao estado burocrático. Ainda hoje isto ocorre em nossa cultura empresarial, embora o Estado tenha perdido poderes e decepcionado a sociedade que tem sido obrigada a “se virar”. Valverde nota que o brasileiro têm sua cultura `aportuguesada`, devido a época da colonização ser dessa forma. Em Portugal desde a época feudal, bens estão diretamente ligados com o nível de acesso que esse indivíduo tinha ao poder. Com a chegada da família real portuguesa no Brasil nos tornamos dependentes em relação ao Estado, prevalecendo assim até os dias de hoje, seja em nossa cultura empresarial e administrativa. Mas, a sociedade brasileira esta cada vez mais independente do Estado. Desenvolvendo sua capacidade administrativa, torna-se cada vez mais independente. Da mesma forma da dependência ao Estado, a característica imediatista brasileira também é fruto herdado dos colonizadores portugueses, uma vez que o Brasil foi colonizado com o princípio de ser um negócio a ser explorado. As principais atividades desenvolvidas no território nacional eram com a finalidade de suprir as necessidades de Portugal. Esse ambiente essencialmente imediatista, configurado por desinteresse pelos resultados não imediatos deixaram marcas na cultura brasileira. Por isso que o brasileiro faz as coisas esperando resultados rapidos e com pouco esforço, não almejando ações com grande resposta e grande espera O autor faz referencia ao período de independência, no qual o país foi deixado para ser