Quem fomos nós no século XX

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

Quem fomos nós no século XX: as grandes interpretações do Brasil

MACAPÁ-AP
2013
KAREN SUELLEN LOBATO DE SOUSA

Quem fomos nós no século XX: as grandes interpretações do Brasil

MACAPÁ-AP
2013
Quem fomos nós no século XX: as grandes interpretações do Brasil

O artigo de Alberto da Costa e Silva traz um panorama histórico e social do Brasil no século XX. O autor usa obras de vários escritores como ponto de partida para o desenvolvimento do texto e apresenta o País “como um constante projeto, como uma tarefa a ser cumprida” (p. 24, parágrafo 2). No decorrer do texto, várias “interpretações” são colocadas em exposição, sempre mostrando os opostos: a Nação que nos orgulha, que devemos amar, defender e exaltar e aquela que nos leva à auto-comiseração e até vergonha das próprias raízes. No século XX, o Brasil era visto como “um país europeu na América” (p. 19, parágrafo 3) e, assim sendo, deveria ser “branqueado”. A tese do branqueamento era baseada no racismo científico, que defendia a superioridade branca. Duas obras de Oliveira Viana, Populações meridionais do Brasil (1920) e Evolução do povo (1923), são usadas como exemplo. Nelas, encontramos a seguinte interpretação: o Brasil se fez Brasil graças aos brancos, apesar das raças inferiores e o futuro deveria ser branco, contando com uma série de fatores favoráveis a isto. Em contrapartida às interpretações negativas e projetos de embranquecer o país, Capistrano de Abreu, que não acreditava nessa ”diferenças raciais”, considerava que o verdadeiro Brasil havia sido construído pelos mamelucos, com a conquista do sertão. Ele considerava que os problemas brasileiros tinham origem política e econômica, e não genética/racial. Para Alberto Torres, que compartilhava com Capistrano o conceito de igualdade de raças, “não precisávamos mudar de antepassados nem nos tornar