Quando deixei de acreditar
Comigo foi assim. Mas não aconteceu de repente, como se o mundo de possibilidades caísse bruscamente sobre os meus pés. Na verdade foi tudo muito lento, em etapas, e quando percebi, Ele: o onipresente; onisciente; e tudo mais, já não significava tanto pra mim, apenas o que significa agora. Alguém que está distante tanto físico quanto psicologicamente, e pra falar a verdade eu não me importo muito em mudar isso e nem é uma escolha minha.
Crer em algo pode até ser bom. Mas a religião em si que é a filha bastarda que nada agradece pelo que tem, pelo menos as mais proeminentes. Pastores usam a fé, que é um dos mais puros e magníficos sentimentos, em proveito próprio, levando milhões de pessoas a crer no impossível, salvação. O catolicismo também teve seus maus bocados e até hoje os têm. Tantos escândalos e histórias absurdas pegam mal até para o próprio Papa. Ele pode ser “pop” e ter a sua própria Cidade-Estado, mas evidências empíricas me levam a crer que se Jesus estivesse mesmo prestes a voltar à terra, uma igreja seria o último lugar em que ele gostaria de pôr os pés.
Não quero me atrelar ao passado das religiões, até por que não sou nenhum estudioso, e nem tenho ambição de ser. A religião para mim é apenas aquele primo distante, que eu não conheço muito bem, mal vi ele algumas vezes na vida, e não me importo que continue deste jeito. Mas a fé por outro lado é algo que me intriga. Talvez esta me desperte algum interesse, pois ela sim é algo mágico. Diferentemente da religião não procura explorar quem a possui, e sob certas circunstâncias só tem a acrescentar.
Tempos passados eu