Qualquer um
A arte moderna vai às bancas – jornal e politização da forma no
Brasil desenvolvimentista.1
Gustavo Motta
Mestre em Artes pelo Programa de Pós-graduação em Artes Visuais na ECA-USP. Graduado em Artes Plásticas pela Universidade de São
Paulo
Resumo
O trabalho investiga a incorporação, no campo da arte moderna, de elementos fragmentários da matéria cotidiana do jornal.
Para isso acompanha diversos pontos de inflexão nessa trajetória da incorporação de estruturas (visuais, textuais, comunicativas) oriundas dos meios de comunicação de massa pela arte moderna brasileira entre as décadas de 1950 e 1970.
Assim, o trabalho parte da reforma visual do Jornal do Brasil efetuada por entre 1956 e 1959 (por uma equipe ligada ao movimento neoconcreto), para, em seguida, apontar o movimento da Nova Figuração como uma inflexão crítica, marcada pelo trauma do 1º de abril de 1964, analisando uma série de trabalhos produzidos entre 1964 e 1972 .
Palavras-chave
Jornais e mídias de massa; Arte moderna brasileira; Concretismo; Neoconcretismo; Nova Figuração
Abstract
The paper investigates the incorporation, in the field of modern art, of fragmentary elements from the newspaper (as an ordinary, everyday material) in works of art. For this, the text follows several inflection points in the trajectory of incorporation of visual, textual or communicative structures originated in the mass media by brazilian modern artists, between the 1950s and 1970s. Starting with the visual reform of the Jornal do Brasil (Journal of Brazil), lead by a team related to the neoconcret movement (between 1956 and 1959), the text will indicate, right after, the Nova Figuração (New Realism) movement as a critical inflection, marked by the trauma of April 1, 1964 , by analyzing a series of works produced between 1964 and 1972.
Keywords
Newspapers and mass-media; Brazilian Modern Art; Concretismo; Neoconcretismo; Nova Figuração (New