Qualquer coisa
A origem dramática da mímica reporta-se ao teatro grego. Segundo alguns, estaria ela atrelada a uma das Musas – Polímnia – que, juntamente com Terpsícore (dança) e Calíope (poesia) teria sido responsável pela educação de Apolo, antes de sua ascensão ao monte Parnaso. Entenda-se, portanto, que essas três manifestações estão intimamente associadas.
Aparentemente a mímica teria sido bastante empregada no Teatro de Dioniso, em Atenas, onde atores à luz do dia, portando máscaras, encenariam para cerca de 10.000 pessoas (ou até mais, nos Festivais a Dioniso). Nessa época, a forma mais elaborada de mímica, a "hypothesis", era representada por atores que se concentravam mais na construção e desenvolvimento de suas personagens propriamente ditas. Com freqüência, um único ator representava várias personagens. O teatro grego floresceu entre os séculos V e IV aC, com a tragédia e a comédia. Posteriormente, com as conquistas, os romanos levaram a mímica para a Itália, adequada que era ao gosto do espetáculo entre os romanos. Com o tempo, eles desenvolveram sua própria técnica, incluindo a pantomima.
Com a queda do Império Romano, a Igreja Católica proibiu a mímica, fechou teatros.(Porque será?) Mesmo assim a forma de arte sobreviveu.
Foram encontrados indícios de pantomima também em rituais religiosos sumérios, hindus e egípcios, além dos gregos, há mais de cinco mil anos. Ao narrar epopéias e tentar transmitir sensações do divino, os sacerdotes acabavam demonstrando características pantomímicas, e isso era muito mais claro na Grécia. Esta foi a primeira semente pantomímica, a pantomima sagrada.
Após o obscuro período da Idade Média onde a Inquisição proibiu qualquer livre manifestação artística, surgiu na França em 1813 um genial pantomímico que reavivou o gênero. Jean-Gaspard Debureau criou o personagem Baptiste oriundo da família dos Piêrrots da comédia francesa. Elaborou um repertório e motivou o surgimento de um estilo romântico. Houve uma