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A consolidação do sistema feudal na Alta Idade Média e a participação política da nova classe social que surgia naquele momento - os grandes proprietários - criou a dependência financeira de uma classe mais baixa que estava subordinada a esses proprietários: os servos.
Os servos eram trabalhadores das grandes terras comandadas pelos 'senhores' e viviam nas redondezas da propriedade. Estavam vinculados à terra pelo trabalho e não tinham direito de salário ou benefícios; trabalhavam para morar no local e recebiam os suprimentos necessários para se alimentarem e sobreviverem.
Diferente dos escravos, os servos não podiam ser vendidos pelos senhores feudais. Eram responsáveis pela mão-de-obra da propriedade, cuidando da parte agricultora. Algumas mulheres cuidavam do serviço doméstico do proprietário e, ao mesmo tempo, da plantação local.
O fortalecimento político e econômico dos feudos cresceu mormente através da distribuição de terras dos reis, em troca de favores e conselhos durante o Império Romano. Por volta do século X, a servidão se tornou frequente no território europeu, graças ao desenvolvimento da atividade agrária no período.
Durante séculos os servos formaram o alicerce principal da ascensão fundiária. Os indícios de seu desaparecimento só surgiram no século XVII na Ingletarra, com a Revolução Industrial, e no século XVIII com o levante da Revolução Francesa. A Rússia foi o último país próximo à Europa a decretar o fim da servidão, em 1861.
A revolução burguesa, que deu origem ao capitalismo na Baixa Idade Média, fez com que a servidão diminuísse nas propriedades agrícolas, devido ao interesse dos antigos servos em mudar para as grandes cidades para trabalhar nas indústrias.
Alguns países ainda mantêm servos nas propriedades feudais. No Brasil, a Constituição proíbe a servidão nos latifúndios, apesar da persistência de alguns proprietários em manter trabalhadores sem salários e benefícios em suas terras.