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Alunos: Alexandre Lopes
Everton Lincon
Felipe Rodrigues
Ítalo Barbosa
Leandro de Oliveira
Lucas Gomes
O tema do fresco de Perugino, na
Capela Sistina, realizado em finais do século xv, (imagem a seguir) tem especial importância para o sistema ideológico que fundamenta a Igreja
Instituição, e não apenas a Igreja
Católica Apostólica Romana, mas todas as Igrejas Cristãs, embora todo o movimento da Reforma tivesse tido início exactamente pela contestação da ideologia que esta pintura representa.
Tudo o que sustenta a instituição de qualquer nova Igreja Cristã se apoia no princípio que só os seus mentores, os seus teólogos, etc., sabem e ou foram iluminados para interpretar as sagradas escrituras, a Bíblia, e que portanto, a salvação das almas passa só pela sua instituição, só a sua Igreja (cada uma delas) detem as chaves do céu, porque só a ela Cristo entregou essas chaves, o
"Saber", a "Ciência" de interpretar a
Bíblia: a Graça Divina.
O tema deste quadro a fresco da Capela Sistina, nos seus fundamentos, figura exactamente os ensinamentos da interpretação alegórica da parábola do bom-samaritano.
Muito embora o que acabamos de expor seja hoje uma realidade, todo o movimento que deu origem às várias divisões dos cristãos no século xvi, teve origem em Erasmo, no Enquiridion, Manual do Cavaleiro Cristão, publicado em 1503, onde o autor sublinha que a melhor arma para o militante cristão, a sua espada luminosa, na luta contra este Mundo (o Diabo) é a leitura e interpretação das sagradas escrituras, usando o seu conhecimento e seguindo o caminho e o exemplo de Cristo. Sublinhando Erasmo o direito de todos os indivíduos a interpretarem por si próprios a Bíblia, e a seguirem os seus ensinamentos, sendo isso mais importante que a sua ligação à Igreja
Instituição e aos seus rituais, normas etc..
O Auto da Alma de Gil Vicente, coloca na acção dramática, o chefe supremo da Instituição, da Igreja de Roma, o
Papa