Qualificação profissional
Norton Torres de Bastos E-mail: norton.bastos@unibanco.com.br
Norton Torres de Bastos, Administrador de Empresas pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas, com MBA na The University of Chicago, Estados Unidos, é Superintendente de Riscos no conglomerado Unibanco.
Revista de Administração, São Paulo v.34, n.3, p.xx-yy, julho/setembro 1999
Recebida em outubro/98
Em geral, o desempenho dos bancos, tanto no Brasil quanto no exterior, é avaliado por meio de índices, como os de Retorno sobre o Total de Ativos (Lucro Líquido/Total de Ativos), Retorno sobre o Patrimônio Líquido (Lucro Líquido/Patrimônio Líquido), Índice Preço/Lucro (Valor de Mercado da Ação/Lucro Líquido por Ação), Índice Preço/Valor Patrimonial (Valor de Mercado da Ação/Patrimônio Líquido por Ação), Índice de Eficiência (Despesas com Pessoal + Administrativas/Resultado da Intermediação Financeira - Provisão para Devedores Duvidosos + Outros Resultados Operacionais), dentre outros.
Todos esses modelos de avaliação de desempenho tradicionais têm algumas características em comum: baseiam-se exclusivamente em dados contábeis, não incluem a exigência de rentabilidade mínima sobre o capital investido pelos acionistas e não dão tratamento algum para o risco associado à incerteza com relação aos resultados futuros.
Com o objetivo de contornar essas deficiências, os grandes bancos mundiais têm adotado modelos de avaliação de desempenho baseados em criação de riqueza, capazes de sintetizar todas
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as considerações essenciais relativas a rentabilidade, risco e custo de oportunidade dos acionistas. No Brasil, com exceção do esforço pioneiro de alguns bancos, como o Unibanco, pouco tem sido desenvolvido nessa área de avaliação de desempenho de bancos. O Market Value Added (MVA®) e o Economic Value Added (EVA®)* são dois desses modelos que vieram para substituir os