Qualidades e Competencias

Da Qualificação à Competência Profissional: Uma Discussão das Mudanças sobre as Relações de Trabalho no Contexto Brasileiro

Aspectos Históricos da Gestão de Recursos Humanos
Por muito tempo a escravidão predominou no Brasil, foram cerca de 355 anos, a mão de obra era uma grande massa de trabalhadores, alocados de acordo com a necessidades econômicas.
Na década de 1930, com o inicio da Revolução Industrial no Brasil, o pais começou a assistir uma modificação no eixo da economia nacional. Com a crise da cafeicultura, se intensificam os processos de industrialização e de urbanização, então o Estado Novo passa a investir de forma mais acentuada nas questões do trabalho, criando o Ministério do Trabalho, Indústria e Comercio, regulamentando assim as condições de trabalho, a organização sindical, a previdência social, e posteriormente instituindo a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT).
Grandes empreendimentos da época estruturavam a gestão de pessoal pelos princípios tayloristas, priorizando a formação e o treinamento das varias categorias profissionais.
As décadas de 40 e 50 marcaram o Brasil devido à elaboração de um projeto de desenvolvimento nacional, que atraiu o capital estrangeiro em grande escala e modernizou rapidamente o parque industrial nacional. As indústrias de capital internacional começaram a se instalar no país, atraídas pelos incentivos à sua instalação, mão de obra barata e pelo mercado consumidor. As empresas multinacionais tiveram grande influencia nas politicas de recursos humanos, pois implantaram modelos de gerenciamento mais organizados, formalizados, instituindo planos de cargos e salários, funções, carreiras e níveis hierárquicos. Com isso, o Estado começa a investir na formação profissional da mão de obra criando órgãos como o SENAI, o SENAC e as Escolas Técnicas Federais.
Nessa época foi dada a separação da educação brasileira em dois seguimentos distintos: a educação formal relacionada à questão de educar o aluno