Qualidade No S Culo XXI
Prognósticos para o futuro da qualidade e uma análise de sua história no século XX, marcado pela busca da produtividade Por Joseph M. Juran
A gestão da qualidade tem uma longa e fascinante história. Vamos começar analisando qual era a situação no início do século XX. Naquela época, os Estados Unidos já eram uma nação industrialmente desenvolvida. Seus métodos fabris provinham, em grande parte, dos países europeus que colonizaram a América do Norte.
A gestão da qualidade era basicamente informal, embora estruturas formais pudessem ser encontradas nas grandes fábricas. Nestas, os gerentes de produção e supervisores eram responsáveis pelo atendimento das especificações da qualidade. Artesãos habilidosos controlavam seu próprio serviço e garantiam a qualidade do que produziam. Supervisores e artesãos eram utilizados para treinar operários não-capacitados e verificar o resultado de seu trabalho.
Mais tarde, a atividade de verificação passou a ser desempenhada por inspetores em tempo integral.
Nas fábricas pequenas, o proprietário também era o artesão-mestre. Ele determinava como o trabalho deveria ser executado e fazia o planejamento de qualidade, além de treinar os operários e verificar o resultado. À medida que os operários adquiriam mais habilidade e experiência, ele reduzia a frequência de verificação do trabalho.
No início deste século, era raro uma empresa apresentar em seu organograma um departamento dirigido à qualidade. Havia inspetores específicos, mas eles estavam espalhados pelos diversos departamentos de produção. Apenas em algumas grandes organizações existiam departamentos de inspeção final e testes, que se reportavam, normalmente, ao superintendente da produção ou ao gerente da fábrica.
Um conceito avançado de gestão da qualidade foi aquele empregado pela Bell System, empresa que monopolizava o setor de telefonia nos EUA.
Em seu sistema de divisão de tarefas, a Bell Telephone Laboratories era encarregada do projeto de produtos e