Qualidade do ensino: uma visao internacional claudio de moura castro
Entrevista com Claudio de Moura Castro
Como os países com os melhores sistemas educacionais do planeta conseguiram o feito de atingir patamares de excelência em suas mensurações referentes a qualidade do ensino. Em busca de respostas a essa pergunta, Claudio de Moura Castro transcorre apontando supostas respostas para validar como esses países chegaram ao Topo, identificando as medidas que levam esse seleto grupo de nações aos lugares mais altos nos rankings dos exames internacionais. As descobertas foram sintetizadas em quatro lições: selecionar os melhores professores, cuidar da formação docente, não deixar nenhum aluno para trás e capacitar equipes de gestores.
Não por acaso, a receita dos sistemas de sucesso não abre mão de um ingrediente básico: estímulo contínuo à formação docente completa e de qualidade, seja ela inicial ou continuada. Mesmo países com desempenho intermediário nos exames internacionais - caso de Reino Unido e Estados Unidos - colheram bons resultados nas vezes em que decidiram apostar nessa receita. Para entender como Coréia do Sul, Finlândia e Japão, países considerados modelos em Educação, preparam seus educadores é bastante simples, basta trabalhar em lugares que tratam o professor como prioridade.
Segundo Moura:
“A escola deve ensinar a ler um texto difícil, a escrever, a pensar, a interagir, a resolver problemas e a utilizar métodos quantitativos. O resto é perfumaria. Nos países desenvolvidos há um enxugamento do currículo, com um aprofundamento nos paradigmas intelectuais mais importantes”.
“Não há nada de errado com Piaget, Emilia Ferreiro ou Paulo Freire. Mas não basta estudá-los para ser um bom professor. Ainda há sérios problemas no domínio de conteúdos básicos por parte do professor. Vygotsky não mostra como ensinar raiz quadrada.”
“No mundo todo o sucesso de uma escola deve-se a três fatores: a liderança de um diretor presente, um ambiente de trabalho estimulante e um