qualidade de vida e envelhecimento
A aposta na melhoria das condições sanitárias das populações e do aumento da longevidade têm na sua génese, aquilo que já se apelidou de “revolução técnicofisiológica”.
Nos países industrializados, onde a esperança de vida não pára de crescer, torna-se visível a problemática da Qualidade de Vida na população idosa. A teoria da qualidade de vida, introduziu a discriminação perversa entre, vida com valor e vida sem valor, mais ainda quando esta avaliação é feita por outro que não o próprio. A Qualidade de Vida do idoso dependerá essencialmente: das condições económicas; da independência ou capacidade de gestão do seu dia-a-dia; das relações interpessoais; da convicção da sua utilidade; da saúde e capacidade funcional, nomeadamente nas actividades diárias bem como nas actividades instrumentais do quotidiano.
Com um leque de ideias preconcebidas, torna-se difícil a avaliação da qualidade de vida, apesar dos instrumentos ao dispor, incluindo os sistemas de classificação existentes.
A prová-lo, podemos constatar a existência do estereótipo da “velhice” tida como a degradação de tudo aquilo que a cultura actual valoriza - a beleza, a saúde, a destreza física, o brilho intelectual e os bens, aspectos que acabam, irremediavelmente, por ter impacte na forma como o idoso se vê a si mesmo.
Outra ideia quase institucionalizada, é a de que pouco ou nada pode ser feito quanto ao declínio funcional do idoso, embora saibamos que factores condicionantes podem ser alvo de intervenção com resultados muito positivos.
É certamente correcto afirmar que a Qualidade de Vida depende em larga escala da saúde de que o idoso goza, mas é igualmente verdade que a vida emocional e a vida social são, em boa parte, independentes do seu estado de saúde.
A qualidade de vida é na actualidade um objectivo mais presente e consciente em cada ser humano, mas a sua avaliação tem de respeitar o valor primeiro e inviolável da própria Vida.
Exige-se à