Qual o futuro da igreja?
FACULDADE DE TEOLOGIA
CURSO DE INTRODUÇÃO À TEOLOGIA
Professor Fernando Altemeyer
Aluno Juan Diego Varjão
Qual o futuro da Igreja?
Obs.: Este ensaio tem por objetivo deter-se de modo especial a “Igreja do Futuro no Brasil”, embora muito do que aqui se aborda, possa se estender à Igreja Universal, desde que se eleve em conta a particularidade das igrejas locais na abordagem dos mesmos temas.
Esta pergunta desafiadora poderia ter como resposta um diapasão de respostas. Todavia vou me deter ao aspecto do diálogo. A Igreja do futuro precisa ser uma “Igreja que dialoga”.
Sem dialogar com as demais confissões religiosas, com o mundo pós-moderno, com as ciências, com as minorias sociais e acima de tudo sem viabilizar um dialogo transparente em a partir do seu interior, a Igreja enfrentará inúmeros obstáculos que vão desde o isolamento até o descrédito.
A Igreja Católica já não detém mais a hegemonia entre os povos, como no passado. Hoje há um colar de denominações cristãs e religiões não-cristãs povoando universo das pessoas, no Brasil e no ocidente como um todo. Protestantes tradicionais, pentecostais, neo-pentecostais, espíritas, candomblecistas, umbandistas, esotéricos, seitas orientais e o crescente indiferentismo religioso tornaram-se grandes desafios para a Igreja do Brasil. Fingir que tais expressões religiosas não existem ou ignorar que os próprios fiéis católicos as vêem com simpatia, seria um erro estratégico. Portanto, dialogar com estas religiões afim de possibilitar uma sociedade igualitária e coerente com a proposta de Cristo faz-se necessário.
O mundo pós-moderno é outro aspecto a ser considerado. Suas idéias tornaram-se um desafio moral ao Cristianismo Católico. O “ter” ao invés do “ser”, é um slogan pós-modernista que parece está sendo assimilado com facilidade e apreciação pela sociedade atual. Tudo indica que não trata-se apenas uma “forma de pensar passageira”. O discurso e o agir das pessoas tem