Quadro comparativo

I- Da dilaceração baconiana ao microcosmo do mundo
No século XX,alçou-se o corpo à condição de centro da Criação divina.
Corpo como cárcere, prisão, tolhimento da alma
O homem é o centro da criação divina
Seu corpo expressa a intercessão do próprio Cosmo: a cabeça (esférica) representa o poder da Humanidade; os olhos, a porta de acesso ao conhecimento; os ouvidos permitem o desfrute dos sons da Glória dos mistérios; o nariz aprecia o agradável perfume da ordem das obras, e a boca é o instrumento da palavra divina criadora. o homem está no centro na estrutura do mundo, já que é mais poderoso que todas as outras criaturas que se encontram na própria estrutura. é grande pela energia de sua alma
II- A metáfora organicista
A sociedade é comparada ao corpo humano;
Na comunidade política, o príncipe ocupa o lugar da cabeça, e se encontra sujeito somente a Deus e a quem, em nome dele, faz seu papel na terra, da mesma forma que, no corpo humano, a mesma cabeça têm vida e é governada pela alma. O Senado ocupa o lugar do coração, já que dele procedem os começos dos atos bons e maus. Os juízes e os governadores das províncias reclamam para si a missão dos olhos, dos ouvidos e da língua. Os oficiais e os soldados correspondem às mãos. Os que assistem ao príncipe de modo estável são semelhantes aos flancos. Os questores e escrivães – são os que controlam os cárceres, mas os encarregados do erário privado do príncipe – podem ser comparados ao ventre e aos intestinos
Os agricultores se parecem aos pés, pois também se encontram continuamente no solo.
As duas extremidades do corpo- cabeça e pés- eram assim unidas pela razão filosófica pré-escolástica.

III- O corpo sujeitado
O corpo é decomposto e mortal.
É terra porque tem carne; ar, na respiração; líquido, no sangue, e fogo, no calor vital.
A carne tem vida enquanto vive no corpo.
O corpo que não vive não é carne
(...) A parte fundamental do corpo é a cabeça. E se chama caput porque nela têm origem todos os sentidos e todos