quadro comparativo
JENNIFER LOUISE
A REFORMA POMBALINA
MAGÉ
2014
A Reforma Pombalina
(1759-1773)
Na esteira das controvérsias pedagógicas que as correntes iluministas traziam da Europa, o ministro Carvalho e Melo empreende, a partir de 1759, uma reforma dos Estudos. Na versão absolutista do Marquês de Pombal, "a educação cívica de raiz jurídico-moral e a instrução das letras (...) enquadravam-se nas obrigações dos vassalos, impostas pela lei".
Pelo contributo ideológico dos seus textos, foram precursores desta reforma Luís António Verney (Verdadeiro método de estudar, 1746), Cândido Lusitano, pseudónimo do Pe. Francisco José Freire (Illustração crítica, 1750), António Félix Mendes (Grammatica portugueza da lingua latina, 1741) e o Doutor António Nunes Ribeiro Sanches.
Sendo o Latim a língua dos Estudos, todas as polémicas da reforma rodavam em torno do seu método de ensino, donde a importância que tiveram compêndios e gramáticas, de Latim em particular, que a Real Mesa Censória (1768) passou a vigiar.
O primeiro passo dá-se em 1759, com a expulsão dos Jesuítas e com o encerramento das escolas por eles dirigidas no Reino e nas colónias, mas o movimento de reforma será amplo e irá abranger os estudos secundários (fundação do Colégio dos Nobres, por exemplo), os estudos menores (Real Colégio das Artes) e os estudos superiores.
Na Universidade de Coimbra, feito o diagnóstico da situação pela Junta de Providência Literária (Compêndio Histórico do Estado da Universidade...,1771), promulgam-se novos Estatutos em 1772, criam-se duas novas faculdades (Matemática e Filosofia), contratam-se outros professores, reformulam-se programas e lança-se um ambicioso programa de obras: Laboratório Químico, Gabinete de Física, Observatório Astronómico, Jardim Botânico, Museu de História Natural e Tipografia Académica. Na reforma da Faculdade de Medicina, seguiram-se as sugestões