Pós Modernistas
Esse retorno foi comentado por alguns críticos a partir de olhares diferentes. Achille Bonito Oliva cunhou o termo “Transvanguarda Internacional” ou “Neo-expressionismo”, em 1982, para designar essa mudança da arte. Segundo ele, a “história da arte” não é mais linear e, assim, o artista pode buscar inspiração em um universo mais amplo e pode citar qualquer período artístico que desejar, evidenciando, assim, traços de nostalgia. Outrossim, passa-se a empregar novas técnicas, materiais e temas culturais que antes eram considerados ‘inferiores’. Ademais, a originalidade e a novidade deixaram de ser alvo do artista, pois elas não podem ser alcançadas, visto que tudo já foi feito. Sendo assim, o artista deve combinar e recombinar seu repertório de maneira significativa. Em compensação, o Conde Giuseppe Panza di Biumo considera o movimento retroativo, pois a arte dos anos 60 e 70 era dificilmente apreciada, por isso, ao invés de “avançar”, a arte retrocedeu. Afirma ainda que essa rejeição tem influências do conservadorismo e de criticas do Conceitualismo consequentes das exigências do mercado. As opiniões negativistas também vieram de Hal Foster, que se opunha a junção de estilos díspares e imagens retiradas de fontes diferentes, pois – segundo ele – destituía a obra de senso histórico devido ao apelo visual presente.
Representantes notáveis dessa época, se colocados lado a lado, não constituem um movimento, devido – além do pluralismo do pós-moderno – às suas notáveis diferenças em relação a aparências e intenções: as obras de Francisco Clemente
(Itália, 1952 – ) eram autobiográficas, com imagens combinadas livremente, com tons muitas vezes eróticos, e não chegavam a formar uma narrativa; Sandro Chia (Itália, 1946 – ) retratava o temor que temos de