Pós-modernismo
Campbell:
Na ontologia racionalista há uma pressuposição da existência dos Estados em um ambiente anárquico. Na visão clássica da política externa, qualquer tomada de decisão irá colocar esses dois Estados em contato, como se eles construíssem uma ponte de relação entre eles, ligando duas entidades separadas. Esta ponte nos mostra que a partir da interação, os Estados criam um vinculo entre si.
A crítica do autor é de que a ideia de ponte pressupões a separação entre os Estados, uma separação ontológica que não é verdadeira e sim, uma abstração, pois o Estado não é um ator homogêneo, ele também é constituído por elementos que também estão localizados nos outros Estados, e um grupo (elite) busca impor uma visão de identidade aos demais, se utilizando do discurso do perigo e medo propagados pela política externa dos Estados, mediante a diferença do doméstico/internacional (ameaça) – quem está submetido aquela lógica e quem não está submetido aquela lógica.
OBS: a dominação de um grupo sobre o outro criou fronteiras estabelecendo o que estava dentro e o que estava fora.
A conclusão do Campbell é a seguinte: a política externa dos Estados tradicionalmente é entendida como uma construção de pontes, pois os Estados são dados como separados. Já na visão política, a política externa é vista como uma construção de fronteira, pois é aquilo que separa os Estados e legitima as práticas de violência contra os Estados do sistema internacional. Para o Campbell os Estados é uma entidade ontológica que não existe separado dos outros e os discursos de política externa constituem esse próprio Estado, pois uma elite se apropria desta política externa para construir a identidade do Estado, deste modo, é a política externa que “cria” os Estados e não os Estados que “criam” a política externa.
Há visão tradicional pressupõe uma homogeneidade interna, enquanto Campbell fala sobre uma ambiguidade. Como anular esta ambiguidade? Campbell diz que a política