Pó de rocha (serragem)
O pó de rocha (rochagem) é uma nova alternativa de fertilizante orgânico e corretivo do solo para a agricultura brasileira. Atualmente, o Brasil precisa importar 90% dos fertilizantes utilizados na agroindústria, apresentando um custo bem elevado para os produtores. De acordo com o Sumário Mineral do Departamento Nacional de Produção Mineral, para obter esses fertilizantes, o país gasta cerca de R$ 3 bilhões todo ano. Esse método consiste na incorporação de rochas moídas com diferentes minerais ao solo, recuperando-os e renovando a sua fertilização.
O grande desafio que se encontra é identificar as rochas que contenham os principais nutrientes necessários à agricultura, assim como apontar aquelas com metais que possam contaminar o meio ambiente e, assim, evita-las no processo. As rochas ideais já encontradas para serem utilizadas no processo são as ricas em minerais silicáticos e com solubilidade moderada. Pois se o pó de rocha for muito solúvel, seus nutrientes espalham-se pelo solo e a planta não consegue absorvê-los.
Na rochagem os nutrientes são retidos por mais tempo, sendo bem mais aproveitados pelas plantas e mantendo bons ganhos. Diferente dos anabolizantes químicos, que geram resultado imediato para tornar a terra produtiva para a safra, mas não sustentam a fertilidade nos anos seguintes.
A expansão do uso do pó de rocha no Brasil esbarra na falta de normas para registro dos produtos. O produto não se encaixa nos parâmetros existentes, sendo enquadrado como um produto novo, que precisa passar pelos trâmites legais para ser passível de registro.Para simplificar as normas de comercialização do pó de rocha, o governo estuda flexibilizar o Decreto 4.954/2004, que trata da fiscalização e do comércio de fertilizantes e corretivos de solo.
O Sul do país é a região que mais utiliza o método, por conta da diversidade de rochas ricas em nutrientes na região. Um aspecto importante é analisar a viabilidade econômica de transporte