Pó de arroz
A expansão econômica alemã se dá numa época de capitalismo concorrencial, no qual os países disputam com unhas e dentes os mercados mundiais, submetendo a seu imperialismo às mais diferentes culturas, o que torna a especificidade das formações sociais uma evidência e um conceito da maior importância. A Alemanha atrasa-se em seu ingresso na corrida industrial e imperialista iniciada na 2ª metade do século XIX pois se unifica e se organiza como Estado Nacional mais tardiamente que o conjunto das nações européias. Esse descompasso estimulou no país o interesse pela história como ciência da integração, da memória e do nacionalismo. Por tudo isso, o pensamento alemão se volta para a diversidade, enquanto o francês e o inglês, para a universalidade.
“Weber não era apenas um homem de ciência. Desde cedo, ele pensava em seguir uma carreira política. Seu interesse pela coisa pública o leva a refletir sobre as relações entre as ações científicas e políticas. Nas conferências que dá em 1918, na Universidade de Munique, sobre a profissão e a vocação do homem de ciências e do homem público, ele se declara a favor de uma clara cisão entre os dois tipos de atividade, e procura, para tanto, separar ciência de opinião.” In: LALLEMENT, Michael. História das idéias sociológicas, Petrópolis: Vozes, 2003, p. 262.
Deve-se distinguir no pensamento alemão, portanto, a preocupação com o estudo da diferença, característica de sua formação política e de seu desenvolvimento econômico. Adicione-se a isso a herança da religião puritana e seu apego aos livros sagrados. Essa associação entre história, esforço interpretativo e facilidade em discernir diversidades caracterizou o pensamento alemão e influenciou muitos cientistas. E foi Max Weber o grande sistematizador da sociologia na Alemanha.
A sociedade sob uma perspectiva histórica
O contraste entre o positivismo e o idealismo se expressa nas diferentes maneiras