Péle negra mascara brancas
O artigo “Estudos culturais” foi escrito pela autora Ana Carolina Escosteguy e tem como objetivo mostrar a tradição dos estudos culturais e também àqueles que se iniciam no estudo das teorias da comunicação que surgem na Inglaterra no pós-guerra com a formação de um centro chamado Centre For Contemporary Cultural Studies (CCCS) que tinha como objetivo estudar as relações entre cultura contemporânea e a sociedade.
Os estudos culturais são baseados no textos: The uses of Literacy (Richard Hoggart-1957); Culture and Society (Raymond Williams-1958) e The Making of the English Working-class (E.P. Thompson-1963). Sendo Eles são descritos por Ana Carolina Escosteguy, que deixa em evidencia a importância dessas obras para a formação dos estudos culturais.
Segundo a autora é importante ressaltar que os três autores citados (Willians, Thompson e Hoggart) como fundadores do campo dos estudos culturais embora não tenham uma intervenção coordenada entre si, revelam um leque comum de preocupações que abrangem as relações entre cultura, história e sociedade. Apesar de existirem desacordos entre os considerados "pais fundadores" dos Estudos Culturais - Williams, Thompson e Hoggart - é mais significativo para a constituição dessa tradição destacar os pontos de vista compartilhados entre eles.
O conceito de cultura é ampliado pelo CCCS e dois temas são incluídos, o de que a cultura se manifesta de forma diferenciada em qualquer formação social ou época histórica, e a manifestação cultural através de discurso e representação que podem mudar a história ou transmitir o passado. Essas observações, de acordo com a autora Ana Carolina, nos levam a conclusão de que a criação cultural encontra-se no âmbito social e econômico onde a atividade criativa é condicionada. A autora cita cultura alto-baixa, superior-inferior para mostrar uma tendência de classes entre formas e práticas culturais, que se fortaleceu nos anos 60. Os Estudos Culturais não contam como uma disciplina,