puerpera
Acidentes na criança e no jovem
Os acidentes ocupam o primeiro lugar nas causas de morte e incapacidade temporária e permanente em crianças e jovens que, associados aos elevados custos pessoais, familiares, sociais e económicos, constituem um grave problema de saúde pública. Por isso tem sido realizado um esforço para evitar a ocorrência de situações propícias aos acidentes, quer através do desenvolvimento de equipamentos mais seguros, quer pela aprovação de leis que minimizem os riscos de acidente. No entanto, estas intervenções passivas não são suficientes para evitar os acidentes. A protecção da criança requer obrigatoriamente a participação dos pais, pois são eles que controlam o espaço doméstico e definem as regras de segurança em casa. A sua intervenção activa é fundamental ao nível da vigilância das crianças em muitas situações (ex. praia, piscina), mas também na implementação de medidas de segurança no ambiente doméstico (ex. protectores nas tomadas, cancelas em escadas, resguardos em lareiras) e na educação para a segurança, ensinando as crianças a conviver com diferentes riscos que as rodeiam (usar o fogão, atravessar na passadeira). É nossa função (profissionais de saúde), mas é também função de toda a comunidade intervir juntos dos pais, com vista à informação e mudança de atitudes e comportamentos para a prevenção dos acidentes nas crianças. Há que modificar padrões de conduta culturalmente reforçados e hábitos do quotidiano doméstico.
Só assim poderemos cumprir os princípios 2º e 6º da declaração dos direitos da criança, aprovadas na reunião das Nações Unidas em 1959:
“ A criança gozará de protecção especial de modo a que possa desenvolver-se física, mental, moral, espiritual e socialmente de forma saudável e normal”
“A criança deverá crescer num ambiente de afecto e segurança moral e material”
O que é um acidente?
Segundo a Organização Mundial de Saúde, é “Um acontecimento independente da vontade humana,