Pueril

430 palavras 2 páginas
. Estamos em 1530, no desabrochar do século XVI, com seu impulso de humanismo. Na época, educação aprimorada ainda era privilégio dos príncipes e classes da elite. Eles recebiam acompanhamento de um pedagogo denominado preceptor. Erasmo vivenciou tal compromisso, assumindo o encargo de educar um filho da nobreza. Foi quando se lhe descortinou a hipótese de um futuro próximo em que todas as crianças, oriundas de qualquer classe ou camada social, seriam agraciadas pelo esmero da aprendizagem de "bons modos".
2. Evidente que as regras de atitudes externas obedecem a imperativos sociais que se submetem às mutações históricas. Isso não obstante, é gratificante atentar para a plausibilidade de certas diretrizes que, salvantes pequenas nuances, merecem, ainda hoje, simpático acolhimento.
3. Embora o texto deste primeiro livreto, intitulado De civilitate morum pueorum, ou seja, Sobre a civilidade dos costumes dos meninos, aliás, um modesto manual de práticas, seja direcionado para corrigir e ordenar atitudes externas e corporais (modo de olhar, falar, andar, vestir-se, etc), Erasmo objetiva muito mais. Ele entende predispor o pré-adolescente para compor-se e entrar em harmonia com o alinhamento de princípios educacionais que
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seriam explanados no segundo texto, o livro De Pueris (Sobre os meninos). Ali, fica claro que o código de compostura mais do que meras regras de comportamento social espelham a imagem da personalidade em formação.
4. Consciente de que cada ser humano responde pelo feitio de sua pessoa, Erasmo insiste, e muito, sobre a necessidade de adequar o corpo ao espírito de onde refluem os princípios éticos da verdadeira e comum nobreza, a saber, a honestidade como já era ensinado por Cícero, no primeiro curso de ética para os advogados em Os Deveres e, logo depois, por Sêneca com os textos A vida feliz e A tranquilidade de espírito.
5. A criança, cuja infância for agraciada por um processo educativo adequado, ingressa, com naturalidade, nas

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