A civilidade pueril

No século XVI, a sociedade estava passando por mudanças significativas, a igreja que antes era detentora do poder político e religioso, passa a ser questionada sobre suas funções, ocorrendo uma divisão que acabou por restringir o poder da Igreja, as questões políticas nessa nova sociedade caberiam então ao estado.
Nesse terreno floresci as ideias de Erasmo de Rotterdam que passam a ganhar espaço juntamente com os ideais renascentistas, o autor percebia que esse novo modelo de sociedade que estava se instalando, teria que mudar sua forma de comportamento para manter as relações comerciais que passam a ser a base econômica deste período, não cabia mais os costumes da sociedade feudal que se portava de maneira rude, conseguindo suas conquistas por meio de batalhas. Pensando nessa nova configuração, Erasmo escreve o livro A Civilidade Pueril, que por muito tempo serviu como uma forma de pedagogia do comportamento, onde tratava de questões sobre a educação para jovens e crianças, almejando uma educação mais abrangente para sociedade, de cunho humanizador, preparando-as para o mundo, e para o trabalho, criticando o antigo modelo educacional, a escolástica que não atendiam as necessidades das novas relações sociais o capitalismo.
[...] A arte de instruir criança consta de diversas etapas. A primeira e a principal consiste em fazer que o espírito ainda tenro receba as sementes da piedade; a segunda que tome amor pelas belas artes e as aprenda bem; a terceira, que seja iniciada nos deveres da vida, que se habitue desde cedo, com as regras da civilidade[...]. (ERASMO, 1995, p.10)
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[...] Se te sobrevém um bocejo irreprimível e não podes nem virar de lado nem afastar-te, então cobre a boca com um lenço ou com a palma da mão [...]. (ERASMO, 1995, p.12)

Com Erasmo passa a se iniciar o pensamento de uma educação voltada para todos da sociedade, porém ele sabia