Civilidade Pueril
Revel. J (1990) as Práticas da civilidade. In phillippe Ariè, George Duby, História da vida privada, vol. 3 porto: Edições afrontamento.
Resumo
O porque das mãos. Porque é através das mãos que nos expressamos, que mostramos algumas das nossas emoções, que comunicamos muitas vezes. Mas esta linguagem não-verbal, incluindo também a forma de vestir, os próprios movimentos do corpo e do rosto, e a maneira de estar são elementos que podem caracterizar social e psicologicamente um individuo. Enquanto no seculo XII existe uma paixão pelos movimentos sem disciplina, o que no seculo XVI muda radicalmente uma vez que se tenta codificar e controlar os movimentos e o comportamento.
A partir do seculo XVI e durante 3 séculos tentam-se alterar as regras da civilidade até então normais, e esta mudança vai do privado ao íntimo, e do íntimo ao secreto. Somando a isto existe também o controlo social que cada vez se torna mais rigoroso através de formas educativas, controlo das almas e dos corpos e o encerramento do individuo em espaços cada vez mais fechados e sobre maior vigilância. Por outro lado, devido a este espaço e vigilância, um outro começa a surgir, mais privado e afastado da vida colectiva e primeiramente aparece no foro familiar.
O texto refere-se à história e à logica das práticas que se fizeram utilizar até aqui ao presente, no âmbito da escola e da civilidade. Todas estas práticas têm uma ideia comum: expor e ensinar de maneiras fiáveis. No entanto, cada uma delas faz uso de diferentes técnicas e dão importância a diferentes valores.
Esta ideia teve início no texto Civilidade pueril de Erasmo, em que tratava da maneira de estar, dos comportamentos sociáveis e do deitar. Esta obra de Erasmo inova 3 pontos essências: dirige-se em primeiro lugar às crianças, que até aqui as obras eram ou para jovens ou adultos, dirige-se a todas as crianças não excluindo classes e por fim quer ensinar um código valido