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Logo no início, Sr. Wang mostra-se honrado por falar de seu objeto estudo: a arte da escrita e da leitura chinesa, arte que ele estudo há quase cinquenta anos. Sr. Wang menciona que geralmente são apresentados os caracteres chineses como pictogramas, ideogramas ou logogramas, e objetiva mostrar que esses termos não são convenientes.
Primeiramente, não é pictográfica, pois uma quantidade muito pequena dos caracteres chineses transmite a significação dessa maneira, isto é, cerca de 99% dos caracteres não representa por si só, e sem perder o significado essencial, um objeto ou um conceito.
Depois, não seria ideográfica, já que menos 5% dos caracteres chineses apresentam estas características: quando unem-se o caractere que designa “madeira” e o caractere “beleza”, formando o conceito de pinheiro.
Tampouco seria logográfica, porque a maioria dos caracteres chineses não representam palavras, como ocorria no chinês antigo. Atualmente, eles representam morfemas, as menores unidades de significação.
Depois de apresentar esses conceitos, uma senhora toma a palavra e menciona um exemplo do português – contar-vos-ei – que resulta da inserção da expressão “vos”, derivada de “a vós”, entre o infinitivo “contar” e a terminação “ei”.
O Sr. Wang, admitindo a complexidade e a especificidade das línguas, responde que não ousaria opor-se à afirmação da senhora linguista da plateia, e tomando sempre como referência a língua/escrita chinesa, diz: “[...] as características da representação gráfica de nossa língua [chinesa] fazem que a noção de morfema seja mais evidente para os chineses que a noção de palavra.
Por fim, após perceber que o as páginas do texto de sua conferência não continham a parte final, o Sr. Wang, faz