Publicidade infantil - Redação do Enem nota 960
A televisão, hoje em dia, é o principal veículo desse tipo de propaganda. Comerciais com desenhos animados, músicas infantis, bonecos e ofertas de brindes divertidos convencem facilmente a criança a desejar o produto vendido e pedi-lo aos pais. Fica claro que é perverso apelar ao lúdico de uma criança para lhe vender mercadoria e obter lucros. Além disso, a publicidade infantil é responsável por propagar esteriótipos de gênero, ensinando, entre outras coisas, que meninas brincam de casinha e fogão e homens com bonecos de ação e carrinhos, reforçando ideais machistas que estão sendo desconstruídos gradualmente e com esforço na sociedade moderna. Cabe aos pais, portanto, ensinar e proteger as crianças frente às propagandas, ensinando-as desde pequenas a serem consumidores conscientes.
Tomando uma atitude mais incisiva em relação ao problema, o Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente aprovou uma resolução que considera abusiva esse tipo de propaganda. A medida representa um grande passo na garantia da integridade infantil, mas ainda resta tomar as decisões corretas em relação à sua aplicação. A publicidade infantil deve não ser abolida, mas sim regulamentada, proibindo-se certos formatos e voltando-a mais aos adultos que são, na prática, os reais consumidores. Assim, as crianças são expostas a bem menos táticas de convencimento abusivas, tornando-se, portanto, menos vulneráveis.
A regulamentação