psicoterapia
Nesse sentido, a força para a mudança provém dos membros do grupo. Um paciente altamente motivado fortalece a disposição do outro para engajar-se de forma mais efetiva na busca de transformações. O apoio mútuo consolida a união do grupo em torno de um objetivo comum. Por outro lado, isso não quer dizer que o terapeuta tenha função secundária; na verdade ele atua como regente da sessão: sua sabedoria e habilidade são essenciais para estabelecer e manter a cultura do grupo (normas e valores), mobilizar as dinâmicas (coesão, regras e compromisso de mudança) e as forças intrínsecas do grupo
(fatores terapêuticos), assegurando o andamento apropriado.
(p.389)
O grupo permite ao paciente observar como os demais se comportam e o resultado decorrente dessa determinada ação.
Mesmo na condição de observador, estando em silêncio, olhando e escutando com atenção, o cliente pode obter benefício da experiência da psicoterapia de grupo, sentindo-se aceito, à medida que determinada situação em andamento tenha um significado particular (efeito espectador). A oportunidade de observar pode gerar aprendizado interior e estimular o paciente a testar novo comportamento. (BECHELLI e SANTOS, 2005,
p.121)
Ao iniciar a psicoterapia de grupo, o paciente confronta-se, não só com situações de sua vida real, mas também com as dos outros membros. Dependendo da composição, o grupo pode ter um participante que tenha um significado especial ou particular para outro membro, que lhe traga recordações de experiências passadas ou de situações atuais ou que evoque seus conflitos.
Neste caso, o paciente pode passar a assumir certos riscos que normalmente evitaria: tentar novos comportamentos,
compartilhar experiências e vivenciar sentimentos que normalmente procura manter à distância. (BECHELLI e
SANTOS, 2005, p.121)
Alguns analisam cuidadosamente os riscos a que estão sujeitos com a autoexposição, para não se sentirem