Psicoterapias
CURSO: Formação em Psicanálise Clínica
ALUNO: Martinho Lutero Bauermeister
Módulo
PSICOTERAPIAS
SÃO PAULO
2010
TRATAMENTO PSICOTERÁPICO
A abordagem psicoterápica com o avanço da psicofarmacologia dos antidepressivos, não tem perdido terreno nos dias de hoje. Obviamente, o que aconteceu foi a maior aproximação dessas duas abordagens. Aliás, Balint, o pai da medicina psicossomática, observou que o melhor remédio é o próprio médico – continua verdadeiro. Contextualizando sua sabedoria, diríamos que o terapeuta para continuar sendo o melhor remédio na sua atuação clínica, tem que se manter atualizado nas ciências que abordam o ser humano na sua unicidade, como a biologia e a psicologia. Agindo assim, compreenderá melhor o paciente, nas carências, deficiências e nas idiossincrasias, tão ampliadas pelo estado depressivo, a ponto de ofuscar, às vezes, o seu potencial. Nesse sentido, todas as abordagens, e não só a psicoterapia, são válidas. Contudo, o sucesso terapêutico depende de variáveis como a escolha do método, o diagnóstico criterioso e a honestidade do terapeuta na sua aliança com o paciente. Após esse preâmbulo, apresentaremos as psicoterapias mais importantes no tratamento da depressão.
Psicanálise:
Os sentimentos de perda e de culpa, freqüentes no deprimido, são importantes na motivação para uma psicanálise, sendo um dos motivos por que apresentaremos esse método em primeiro lugar. Um outro, é porque ele também serve de padrão à maioria dos outros métodos.
Ao longo de cem anos, a psicanálise tem sofrido reformulações constantes, graças aos novos conhecimentos e às cisões internas geradoras de novas escolas psicanalíticas. Porém, na estrutura fundamental, técnica de associações livres, e a análise da neurose de transferência continuam em destaque, desde que Freud abandonou a hipnose pelo divã.
É um tratamento que requer total dedicação por parte do terapeuta, psicanalista, em relação ao psicanalisado.