Psicoterapia psicodramática - ensaio
Autor: Bruno Haroldo Moreira*
Psicoterapia... o que vem à sua cabeça quando lê/ouve essa palavra? Faça este exercício de brainstorm por alguns momentos... É alguma mágica? Um ritual místico? Coisa para malucos? Para manhosos? Para quem está perdido e precisa de conselhos?
Muito se ouve falar sobre o assunto, porém poucos de fato sabem o que é e como se dá este processo. Mas do realmente se trata?
Vejamos...
Segundo o Dr. Dalmiro Bustos, o objetivo de uma psicoterapia é conseguir que uma pessoa, que, por sua enfermidade, tenha uma atitude passiva diante de seu meio, converta-se em um agente ativo de mudança.
Aqui já temos uma indicação. Transformar alguém que seja passivo em ativo, capaz de produzir mudanças, portanto, de conduzir sua própria vida, de assenhorar-se de sua história.
De acordo com o mencionado autor, uma pessoa que é atacada por fantasmas internos tem que colocar toda sua energia a serviço dessa luta estéril consigo mesma. Desta forma, fica prejudicada a utilização dessa energia em outros âmbitos da vida, empobrecendo a sua existência, de uma forma geral.
A psicoterapeuta Nilda G. de Alegre, mesmo indo por um viés um pouco diferente, concorda quando afirma que a tarefa habitual de um terapeuta é tentar desentranhar fatos na vida de seus pacientes que estão provocando, expressos nos sintomas, desencontros dolorosos com o mundo.
Agora nos deparamos com novas questões, como “desentranhamento de fatos” e “sintomas”. Pode-se entender este desentranhar como uma a reedição de situações mal/não resolvidas, uma resolução de conflitos, um desatar de nós, uma “limpeza de cenas”. Por esta lógica, os sintomas nada mais seriam do que tentativas de fechamento, de resolução de situações inacabadas que por algum motivo permaneceram em aberto.
Para Jacob Levy Moreno, médico-psiquiatra-filósofo-psicólogo Romeno radicado nos Estados Unidos e criador da escola psicológica denominada Psicodrama, todo ser humano nasce com três