Psicosocial
SESC Vila Mariana | novembro 2006
O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO FÍSICO E A EDUCAÇÃO FÍSICA NA SEGUNDA INFÂNCIA: UMA ANÁLISE DE PERFIL DE RISCOS À OBESIDADE
Kasuko Nogueira, Marcos Sampaio
Universidade Guarulhos
A urbanização das cidades, o excesso de veículos, o aumento da violência e outros fatores restringem a atividade física das crianças que acabam ficando muito tempo assistindo televisão, jogando vídeo game ou diante do computador, gastando poucas calorias e aumentando as chances de se tornarem obesas. Dentro deste contexto, atividade física deve ser estimulada desde cedo, pois favorece o desenvolvimento físico e psicomotor, garante uma melhor qualidade de vida e o desenvolvimento integral do indivíduo. Os objetivos do presente trabalho são: a) traçar um perfil da relação entre desenvolvimento físico e atividade física na segunda infância; b) alertar esse grupo específico de crianças e seus responsáveis sobre o risco da obesidade e da necessidade de prevenção através de um programa simples de atividade física. Após a leitura de referencial teórico sobre desenvolvimento físico na segunda infância, foi elaborado um questionário de análise de perfil, que foi respondido pelas mães de 49 crianças com idade entre 06 e 10 anos, abordadas em diferentes locais, tais como escolas e clubes. A análise parcial dos questionários aponta para os seguintes resultados: a) distribuição da idade das crianças: 10 anos = 54%; 09 anos = 20%; 08 anos = 10%; 07 anos = 4%; 06 anos = 12%; b) das 49 crianças da amostra, 31 participam de alguma atividade física fora da escola e, dentre as atividades mais citadas, estão o futebol e a natação; c) horas (por dia) gastas assistindo televisão e utilizando computador: 8% = 08 horas; 8% = 06 horas; 12% = 05 horas; 28% = 04 horas; 22% = 03 horas; 16% = 02 horas; 2% = 01 hora e 4% não responderam à questão; d) dieta para controle de peso: 29% das crianças fazem ou já fizeram este tipo de dieta e 71%