Reabilitação Psicosocial
O crescente interesse pela reabilitação, nos últimos 10 anos, pela comunidade psiquiátrica internacional, deve-se de maneira direta ou indireta a dois fatores: a diminuição dos pacientes internados em hospitais psiquiátricos, a partir dos anos 60 em todo o mundo. Nesse processo estão entendidos a desinstitucionalização como também, mais freqüentemente, a desospitalização. Assim,a razão primeira do interesse pela reabilitação nasce de uma necessidade de entretenimento extramanicomial.
A segunda razão deve-se às demandas dos pacientes ainda hospitalizados e ao crescimento dos direitos dos doentes mentais, com o conseqüente reconhecimento desses direitos por técnicos, administradores, políticos, familiares e pelos próprios pacientes.
Historicamente, a exclusão social, o estigma e o confinamento do portador de transtorno mental foram condições amplamente difundidas pelas instituições manicomiais que, coniventes com o paradigma tradicional de doença mental, contribuíram para a perda do valor social do doente, influenciando até hoje no modo como a sociedade encara do portador de sofrimento psíquico.
O manicômio só foi percebido como necessário e terapêutico na medida em que seja o