Psicopatologia e Análise do Comportamento
GONGORA, M.A.N. Noção de psicopatologia na análise do comportamento. In C.E. Costa, J.C. Luzia & H.H.N. Sant'Anna (Orgs). Primeiros passos em análise do comportamento e cognição. Santo André: ESETec, 2003. (p.93-109)
1) Na visão médica, inclusive na área da psiquiatria, existe uma clara distinção entre patologia e doença. Qual é a visão da análise do comportamento sobre essa dicotomia e como o terapeuta comportamental entende um comportamento entendido, a partir da avaliação cultural, anormal?
Em sua aprendizagem os comportamentos não seriam “normais” ou “anormais” esses são comportamentos neutros e seguem os mesmos princípios de aprendizagem, sendo assim o analista do comportamento deve ter a concepção de que todo comportamento aprendido pode ser mudado. O que é importante ressaltar é que a diferença entre “normal” ou “anormal”, “saudável” ou “patológico” está no produto da aprendizagem e não nos processos pelos quais esses comportamentos foram aprendidos. Um comportamento tido pela medicina como “anormal” se está se mantendo, é porque há um histórico de reforçamento, este comportamento é funcional em determinada contexto, em uma determinada cultura, este mesmo comportamento pode ser considerado em outra cultura como um comportamento “normal”. Deste modo não há uma topografia de comportamento que seja anormal por si só. Deve ser avaliado o contexto em que este comportamento é emitido.
2) O modelo médico e o modelo da análise do comportamento para psicopatologia são diferentes. Cite e explique pelo menos três diferenças entre esses modelos.
O modelo médico é entendido como um modelo universal, ou seja, é aplicado a diferentes pessoas, em diferentes contextos e culturas, enquanto que para análise do comportamento ainda que haja uma alteração filogenética os eventos comportamentais responsáveis pela emissão dos comportamentos devem