Psicopatas Corporativos

ASSÉDIO MORAL
Segundo Robson Zanetti (2008) em Assédio Moral no Trabalho (e-book), o assédio moral se define pela “intenção de uma ou mais pessoas praticarem, por ação ou deixarem de praticar por omissão, de forma reiterada ou sistemática, atos abusivos ou hostis, de forma expressa ou não, contra uma ou mais pessoas, no ambiente de trabalho, durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, principalmente por superiores hierárquicos, após, colegas ou mesmo por colegas e superiores hierárquicos e em menor proporção, entre outros, por inferiores hierárquicos e clientes, durante certo período de tempo e com certa frequência, os quais venham a atingir a saúde do trabalhador, após o responsável ter sido comunicado a parar com eles e não ter parado”.
Marie-France Hirigoyen (2013) definiu da seguinte forma: “O assédio moral no trabalho define-se como sendo toda conduta abusiva (gesto, palavra, comportamento, atitude...) que ameace, por sua repetição ou sistematização, contra a dignidade ou integridade psíquica ou física de uma pessoa, colocando em perigo seu emprego ou degradando o ambiente de trabalho”.
Qualquer que seja a definição final, o assédio final pode ser considerado um ato de violência em pequenas doses, que muitas vezes sequer é notada pelas testemunhas dos atos mas que no entanto é muito destrutiva. Cada ataque se observado em separado não é realmente grave, mas o efeito de micro traumatismos que se acumulam sistematicamente de forma frequente e repetitiva é que caracterizam a agressão.
O assédio moral (mobbing, bullying, harcèlement moral ou também conhecido como terrorismo psicológico ou manipulação perversa) tem no abuso de conduta de forma prolongada e repetitiva, sua principal característica. É considerado um comportamento que ataca a dignidade psíquica e, portanto é considerada uma conduta transgressora de natureza psicológica. A conduta do assediador expõe o trabalhador a situações humilhantes e constrangedoras, capazes de causar