psicomotricidade
2014
No início do século XX, surgiu uma preocupação de se conhecer o desenvolvimento infantil. Dentre as cinco áreas vinculadas a esse desenvolvimento, uma das que aparecem primeiro é a psicomotora, pois costuma se observar inicialmente o corpo do bebê. Ao citar a psicomotricidade, é importante lembrar que ela é constituída por uma tridimensionalidade que engloba os fatores neurofisiológicos, psicológicos e sociais, esses interferem na integração, elaboração e realização do movimento humano. A psicomotricidade deixou de ser estudada isoladamente, ela é inserida em uma rede interdisciplinar que abrange a via instintivo-emocional, a linguagem, a percepção entre outros que tornou o estudo do movimento humano uma dimensão mais científica e menos mecanicista. De acordo com a perspectiva funcional, o movimento oculta o comportamento, ou seja, o brincar com o corpo expressa de modo camuflado a ação intencional que é fundamental para o processo de desenvolvimento. Wallon afirma que o movimento tem valor afetivo, que provoca, comunica, expressa as emoções por meio do corpo, manifestando assim o que está interno. Assim, o movimento humano expressa suas emoções e suas gestualidades, na criança isso é ainda mais presente, pois ela não consegue negar suas emoções, a expressão do corpo dela é bastante presente. Segundo Buytendijk, o movimento é uma expressão, é uma ação intencional. Desse modo, a personalidade do indivíduo se manifesta gradativamente. Além disso, para esse teórico, o movimento revela a existência. Logo, o indivíduo quando está em movimento não é um expectador desinteressado. O movimento não é exclusivamente objetivo, não é somente aquilo que se vê. Nos primeiros meses, a agitação orgânica e a hipertonicidade global caracterizam uma atividade rítmica que vai se expandindo, permitindo as primeiras relações afetivas e emocionais com o meio ambiente, a que o autor chamou: estado