psicomotricidade
Ao abordar sobre esse assunto Fonseca (2008) enfatiza que não pretende uma linha separatista entre psicologia e fisiologia, o que ele deseja é encontrar uma fundamentação cientifica que unifique de forma coerente toda a dimensão pluridisciplinar da psicomotricidade. O autor acredita que o movimento humano não se desenrola independentemente do seu consciente e que o individuo quando está em movimento não é um espectador desinteressado. Ele afirma que o movimento não é exclusivamente objetivo, não é somente aquilo que se vê, mas que existe inúmeros outros aspectos escapam à simples observação.
Na teoria walloniana a psicomotricidade é compreendida como um instrumento privilegiado de comunicação da vida psíquica. O bêbê, que ainda não se comunica verbalmente, exprime por meio da motricidade suas mais diversas necessidades, traduzidas, portanto, de uma forma não verbal e com aspectos afetivos de expressão de bem ou mal estar. (Fonseca, 2008)
Segundo Fonseca (2008), Wallon ressalta a importância da motricidade na emergência da consciência, onde existe uma constante reciprocidade dos aspectos cinéticos e tônicos da motricidade, assim como as interações entre as atitudes, os movimentos, a sensibilidade e a acomodação perceptiva e mental no decurso do desenvolvimento da criança. O tônus corporal não é apenas fisiológica, ele é investido de afeto, por isso Wallon defende que qualquer movimento existe uma condicionante afetiva que lhe insufla algo de intencional. Por tanto para ele a primeira linguagem da criança é a corporal e através da evolução tônica e do corpo que há um primeiro