Introdução Psicologia é a ciência da alma, da psique, da mente, ou do comportamento. Refere-se, na verdade, a um conjunto de funções que se distinguem em três grandes vias: a via ativa (movimentos, instintos, hábitos, vontade, liberdade, tendências, e inconsciente); a via afetiva (prazer e dor, emoção, sentimento, paixão, amor); e a via intelectiva (sensação, percepção, imaginação, memória, ideias, associação de ideias). Estas três vias articulam-se em grandes sínteses mentais, tais como: atenção, linguagem e pensamento, inteligência, julgamento, raciocínio e personalidade (Meynard, 1958). Durante dois mil anos a Psicologia existiu amorfa e indiferenciada, pois estava fundida à Filosofia, e tinha por preocupação embrionária o homem enquanto um ser possuidor de “algo” além de seu corpo material e sensorial. Dessa forma, a primeira grande definição de Psicologia como estudo da alma, segundo os filósofos pré-socráticos, perdurou durante muito tempo. Contudo, essa é uma definição muito controversa, pois o termo “alma” abre um leque imenso de formas de compreensão, uma vez que os homens nunca deixaram de discutir quando não de disputar, a respeito da natureza, da função e até da realidade da alma. Refletir sobre a alma suscita questões inquietantes, enigmáticas e infinitas. Por isso, vamos pontuar as transformações sofridas pelo significado da alma, através da própria evolução do pensamento da humanidade. Isso nos dará um suporte necessário para a compreensão do surgimento da Psicologia, “homem se realiza e se humaniza, pois, produzindo historicamente sua existência. Nesse processo ele cria as idéias que vão expressar suas ações e as relações que ele estabelece consigo mesmo e com os outros”. (Antunes 1998, p. 365) O psicólogo é um profissional que desenvolve uma intervenção no processo ou no aspecto psicológico dos sujeitos e da realidade, fortalecendo-os para enfrentarem o cotidiano e seus problemas ou dificuldades. Faz isso a partir de conhecimentos acumulados pelas