Psicologia
A cada vez torna-se maior o numero de crianças e adolescentes medicados com Ritalina, ou outros medicamentos semelhantes sem que se questione se suas questões comportamentais estão mais relacionadas às suas vivencias emocionais. De forma geral, todos em idade escolar estão matriculados na rede publica de ensinamentos, exceto uns poucos que possuem bolsa de estudo e estão em escolas particulares. Mais são poucos aqueles que concluem o ensinamento fundamental ate os 18 anos de idade. E prevalece o baixo aproveitamento escolar, a repetência, a falta de motivação para os estudos; a defasagem acadêmica, em geral leva ao abandono escolar, mais tarde. O fato é que, a despeito do esforço de algumas entidades, a vida acadêmica do abrigado tem sido um grande problema. Outra questão preocupante é o numero crescente de evasões em alguns abrigos, sendo que o abrigamento não implica privação de liberdade. É comum ouvir-se dos dirigentes e corpo técnico que as portas de suas entidades ficam abertas e que o adolescente, principalmente, possui o direito de ir e vir. Entende-se que a criança e o adolescente abrigados estão sob medida de proteção justamente porque necessitam de cuidados relativos a sua condição de desenvolvimento. Proteger também implica impor limites, assim, um adolescente que evade da entidade para consumir álcool ou drogas também necessita de proteção e de contenção para um comportamento que o coloca em situação de risco. O que se ouve e se vê, por parte dos responsáveis, com raras exceções, tem sido uma fala e uma ação pouco compromissadas com a proteção destes jovens, mascarada pelo discurso de que o abrigo não implica privação de liberdade. Entendendo-se esta autorização mais como uma omissão da entidade no seu dever de proteção, do que como um ato declarado de permissão ou obediência ao direito de ir e vir do abrigado. A progressão geométrica da quantidade desta parcela da população envolvida