Psicologia
Não só não vemos realmente as pessoas ao nosso redor como, por muitas vezes, nos recobrimos com um pseudo manto de invisibilidade e torcemos para que passemos despercebidos em meio à multidão.
Claro que nos desviamos de outras pessoas, como se nos desviássemos de um poste ou qualquer outro obstáculo.
Utilizamos os elevadores de nossos prédios os dos locais de trabalho e permanecemos mudos, no máximo balbuciando o andar para onde nos dirigimos.
Passamos dias, meses, anos, encontrando as mesmas pessoas nesses elevadores e sequer sabemos os seus nomes.
Vamos a postos de gasolinas de nossa preferência e sequer prestamos atenção no rosto do frentista, nos limitamos a, assustadamente e apressadamente dizer: Coloca aí 20 reais, 50 reais...completa o tanque. Pagamos em dinheiro e vamos embora, ou entregamos o cartão de crédito e ficamos dentro do carro ansiosos para sair logo dali.
Saímos como entramos, sequer um obrigado no mais das vezes.
Se andamos de ônibus, galgamos os degraus do mesmo e sequer olhamos para o rosto do motorista, a não ser que precisemos de alguma informação. Passamos pelo cobrador ( trocador ) como se ele fosse um robô sem vida própria.
É verdade que na maioria dos ônibus existe o aviso " Não converse com o motorista" o que obviamente não significa " Não de Bom dia ao motorista"
Volta e meia vamos ao mercado, pegamos o que precisamos, dirigimos-nos aos caixas e nos limitamos apenas a tirar nosso dinheiro ou cartão das carteiras e pagar, como se aquela pessoa que esta ali a nos atender fosse indigna de um pequeno diálogo qualquer.
Salas de espera de médicos, dentistas, veterinários ou qualquer coisa semelhante, são hoje ambientes pra lá se sufocantes. As pessoas