psicologia
OBESIDADE
Atualmente a obesidade preocupa a todos, já tendo chegado na esfera da Organização Mundial de Saúde (OMS). Um estudo do Ministério da Saúde diz que a OMS já considera a obesidade um problema de saúde pública tão grave quanto à desnutrição. A exclusão social do obeso pressupõe também uma ausência de poder que traz embutida uma impossibilidade de exercitar sua cidadania. O obeso está tão acostumado a abrir mão dos prazeres, que acaba abrindo mão também de seus direitos
Obesidade na cultura Num esforço de contextualização para melhor compreender a questão, percebemos que outrora a definição do que era considerado “obeso” ou “gordo” era muito diferente. A definição social da boa aparência era outra. Gordura não era só sinônimo de beleza, mas, também, de status social. Não havia formosura, sem gordura! Gordura significava riqueza! Havia também uma correlação direta entre gosto alimentar e gosto sexual, não é à toa que expressões como gostosa, suculenta ou apetitosa são frequentemente utilizadas para se referir às qualidades femininas. Desde o início dos tempos atuais, quando começou o culto à magreza, percebe-se que à obesidade foi destinado o lugar da exclusão. O mundo globalizado que diminui distâncias e espaços também ficou menor para os obesos. Em sua ambiguidade, a globalização disseminou os hambúrgueres e as fritas, que são os representantes máximos desse aumento de peso. Nestes tempos de "fast food" a obesidade ganha então uma nova dimensão, tornando-se um problema de saúde pública, saindo da polaridade (feio x bonito) ou (aceito x excluído), para entrar na questão: morbidade x saúde. Não há mais espaço para tantos excessos ou tanta gordura. Os obesos experimentam além da exclusão social e da falta de poder, uma baixa autoestima que potencializa ainda mais os núcleos relativos à compulsividade, à ansiedade, às insatisfações sexuais e ao medo de se expor, tão presentes nesse processo de