psicologia

459 palavras 2 páginas
Anaximandro

Nascido em Mileto, colónia grega na Ásia Menor, aí viveu entre os finais do século VII e meados do século VI a. C. Segundo a tradição, teria sido discípulo de Tales, ficando também conhecido como filósofo naturalista. Considerado como o primeiro grego a elaborar um mapa do mundo e o introdutor do gnómon (relógio solar) na Grécia, entre outros feitos de índole científica, atribui-se-lhe a autoria de um livro intitulado Acerca da Natureza, atualmente perdido, pelo que para a reconstituição do seu pensamento há que recorrer aos testemunhos de Aristóteles, Diógenes Laércio, Simplício, Estrabão e Écio, entre outros.
Tal como o seu mestre, também ele foi movido pela suposição de que existiria uma substância primordial simples - arkê -, que designou como apeiron - o «indeterminado» -, dotado de movimento eterno, incriado, infinito, divino e imperecível, a partir do qual, através de um complexo processo, eclodiu o par de contrários quente-frio (fogo-ar/bruma). Depois de o quente se transformar numa esfera de fogo envolvendo a bruma, despedaçou-se, dando origem aos astros: estrelas, Lua e Sol. A região central, ocupada pela bruma fria, ao condensar-se, deu origem à Terra; esta tem uma forma cilíndrica, com uma altura igual a um terço da largura, e mantém-se imóvel no centro do cosmos, uma vez que está equidistante de todas as coisas. Os astros distribuem-se em anéis, cujos diâmetros são superiores em 9, 18 e 27 vezes ao da Terra.Em virtude da contínua oposição entre os contrários, admitiu que o cosmos acabaria por ser reabsorvido pelo apeiron, num ciclo de criações e aniquilações sucessivas.
A cosmogonia de Anaximandro evidenciou uma grande preocupação em integrar num sistema unitário toda a estruturação do Universo. No entanto, para além dos aspetos cosmogónicos, será também de destacar a sua teoria zoogónica marcadamente evolucionista: admitindo que a vida teria origem no aquecimento, provocado pelo Sol, da lama húmida que nos primórdios cobria a Terra e

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