psicologia
Rubem Alves discute sobre a pretensão que tem de abrir um curso escutatório, mas com desanimo já que ninguém vai querer se matricular. Parando para analisar esse texto, vemos que tem muita verdade nisso, pois na maioria das vezes em que estamos envolvidos em uma conversa, ficamos muito tempo preocupados com o que vamos falar do que ouvir o que nos foi dito; então acabamos sem notar gastando toda nossa energia preparando para falar ao invés de ouvir o que o outro fala.
Lendo esse texto me recordei de um livro que li há um tempo, cujo nome é “O monge e o Executivo” onde em uma parte do livro, o executivo se encontra em um retiro e o monge do local pede para os que foram se apresentassem e contasse as razões que os levaram ate lá, então logo todos foram se apresentando e finalmente chega a vez do executivo se apresentar, para sua surpresa o monge pede para que ele antes de se apresentar fizesse um breve comentário do que a ultima pessoa que se apresentou disse e o que ele mais gostou, o executivo ficou totalmente desconcertado pois não havia prestado atenção em nada, pois quando as pessoas falavam ele estava preocupado com o que ele iria dizer a seu respeito quando fosse a sua vez, então ele não teve saída a não ser falar para o monge que não havia prestado atenção em nada do que foi dito, o monge agradeceu a sinceridade do executivo e em seguida disse as seguintes palavras “Ouvir é uma das habilidades mais importantes que um líder pode escolher para desenvolver”. Em meio a tudo isso, refleti que para ser um bom ouvinte/ um bom psicólogo devemos controlar nossa ansiedade de falar, imagino o quanto deve ser difícil para um psicólogo ouvir e não deixar que seus pensamentos se percam no julgamento, escutar é um exercício diário.
Quando um paciente procura um psicólogo, logo ele procura alguém no qual ele possa se sentir em um lugar de esculta, um lugar que há possibilidade de