Psicologia
Prof. Sergio Nagib Sabbag
Texto para fins didáticos. Não substitui textos mais completos sobre o tema.
Os processos de identificação e identidade ocorrem desde muito cedo no desenvolvimento humano individual e social.
Entendemos que identificação é o processo humano caracterizado pela busca de modelos de identificação nas pessoas, objetos, figuras abstratas e mesmo idéias. Necessitamos desses modelos como fontes de identificação, isto é, objetos pelos quais estabelecemos uma relação de associação de nossos aspectos interiores com a realidade externa, que sentimos como nosso modo de ser, pensar, nos comportarmos, etc. Pode estar associado à nossa imagem atual, a uma perspectiva de futuro e até mesmo a uma imagem do passado. Geralmente se dá na forma de identificações positivas, mas pode ocorrer também por rejeição e até por uma identificação parcial. Esse recurso, presente em todos os seres humanos com maior ou menor intensidade é amplamente utilizado pela publicidade e pelos políticos, neste último caso, principalmente pelos regimes autoritários e totalitários.
Na vida real, encontramos exemplos de identificação na indústria gráfica, por exemplo, nas fotografias dos ídolos, dos esportistas, no culto ao corpo ideal; na televisão com a escolha dos atores e atrizes adequados(as) a cada época, bem como personagens de filmes ou desenhos animados; na vida política pela forma como os candidatos apresentam-se, pelos famosos “santinhos” distribuídos em época de eleição.
Em uma sociedade pluralista, ou seja, com muitas opções, o ser humano convive com vários modelos de identificação. Na maior parte dos casos, pode até escolher com quais modelos identificar-se mais.
Há, contudo, um segundo passo, sem o qual essa abundância de modelos torna-se insuficiente. É a formação da identidade. O ser humano deve ser capaz e ter condições de, a partir dos vários modelos de identificação, eleger partes de cada um e construir sua própria