Psicologia
A concepção platônica se desvencilha da mística religiosa pitagórica, traz o processo de purificação da alma para a convivência social, espaço este que oferece as condições de aprimoramento da alma. Nessa linha de pensamento o sofrimento não representava mais o arcabouço pedagógico de lapidação do espírito humano. O processo evolutivo ocorria a partir da vida correta e justa do indivíduo em sociedade. Para Platão a alma era composta por três partes, com base nessa divisão ele acaba por explicitar a essência da sua tese. A primeira e, segundo o filósofo, a mais importante de todas, está a parte racional ou cognitiva. Esta seria responsável pela contemplação, pelo raciocínio, aprendizagem. É, ao mesmo tempo, responsável pela vida intelectual e serve de freio das outras duas partes. A segunda parte seria a irascível, nesta reside o ímpeto pelas veleidades da vida, do prazer e do poder, das sensibilidades. Na compreensão do filósofo a parte irascível representa a ira, a discórdia e a violência. E, por último, a parte apetitiva, responsável pelos desejos fisiológicos, pelas necessidades vegetativas e outras paixões.
Para Aristóteles, os homens não são os únicos seres que possuem alma ou psique; todos os seres vivos a possuem, desde as margaridas e moluscos aos seres mais complexos. Uma alma é simplesmente um principio de vida: é a fonte de atividades próprias de cada ser vivo. Diferentes seres vivos possuem diferentes capacidades: as plantas crescem e reproduzem-se, mas não podem mover-se nem ter