PSICOLOGIA
CRISTIANE DANTAS FERREIRA
O PARADOXO DO PRAZER EM FREUD
ARIQUEMES - RO
2014
Cristiane Dantas Ferreira
O PARADOXO DO PRAZER EM FREUD
Ariquemes - RO
2014
Resenha Critica
O texto retrata a época em que a psicanálise se tornou um discurso liberador, onde surgiu uma teoria que liberava Eros de suas amarras e bloqueios. O desejo poderia, enfim, desabrochar e se realizar, na plenitude de sua essência. Diante disso é preciso entender que o aparelho psíquico está estruturado para exercer a função de descarga das excitações e a sua meta é manter o aparelho num nível mínimo de excitação, ou mesmo, num grau zero de excitação. A descarga de excitação é sempre sentida como algo prazeroso, assim como o represamento e o aumento progressivo de excitação são sentidos como desprazerosos. Sendo assim, desprazer é a vivência do represamento e do aumento da excitação e prazer é a vivência que acompanha a descarga, a evacuação da excitação. O aparelho psíquico está regulado de forma a evitar o desprazer e buscar o prazer. Quando uma tensão é acumulada no organismo, diversos processos psíquicos são ativados, tomando determinado curso, o qual tem por fim sua diminuição, ou evitando o desprazer ou proporcionando prazer. A sua concepção positiva valoriza o prazer como signo de vitalidade, de vida, de realização de acabamento do ser enquanto tal, já a sua concepção negativa tem as características opostas. Toda teoria do aparelho psíquico de Freud é regulada por um princípio reitor maior que faz com que nós não procuremos o prazer, mas sim a extinção da dor. Portanto a teoria do aparelho psíquico em Freud é a de um aparelho extremamente defensivo. Talvez o princípio que governe os sujeitos, pelo menos os de hoje, seja realmente o do gozo. O gozo deverá passar por uma barreira em análise pelo seu aspecto de sofrimento