psicologia
Cientista social e escritor canadense. Estudou nas universidades de Toronto e de Chicago.
Teoria.
‘A Representação do Eu na vida Quotidiana’ aborda interacções sociais entre indivíduos. Para Goffman, o mundo é um teatro e cada um de nós, individualmente ou em grupo, teatraliza ou é actor consoante as circunstâncias em que nos encontremos, marcadas por rituais e posições distintivas relativamente a outros indivíduos ou grupos. O nosso ‘eu’ é o produto de um processo de representação perante um público/audiência.
Se uma pessoa entra numa sala, vê um caixão com um corpo, velas, flores e gente chorando, certamente poderia pensar que se tratava de um velório, e que seria melhor não contar alguma piada. Ou seja, as pessoas definem uma situação, e a partir disso orientam-se para agir de maneira adequada.
A interacção entre actores sociais é apresentada como um desempenho, vivenciado de forma a causar uma impressão e, deste modo, influenciado pelo ambiente e audiência.
Conceitos.
As Representações Sociais são o conjunto de explicações, crenças e ideias que nos permitem evocar um dado acontecimento, pessoa ou objecto. O processo de estabelecimento da identidade social relaciona-se deste modo com o conceito de máscara*, descrita como parte do desempenho individual que funciona, regularmente de forma geral e fixa, para definir uma “situação” perante aqueles que observam o seu desempenho – a audiência
* age como um “veículo de estandardização”, permitindo a outros compreender o indivíduo com base nos traços projectados do seu carácter. Estabelece a aparência, e o modo para o papel social assumido pelo actor.
Goffman intitula então de fachada o *equipamento expressivo inerente ao desempenho do indivíduo funcionando regularmente e constituindo um tipo padronizado. A fachada é constituída por um conjunto de elementos através dos quais o público avalia ou adivinha onde decorre a cena e qual o estatuto do actor assim como o papel que o mesmo