Psicologia
O que é a terapia?
Como é feita a terapia?
Alguma coisa vai ajudar no tratamento da doença?
Se há mecanismos profundamente enraizados que servem para nos distanciar de processos inconscientes, a terapia pode mesmo fazer alguma diferença?
Quase todos que estudaram essa questão com seriedade concordam que há muitos casos em que as curas pela fala são de pouca utilidade. Estudos iniciais sobre terapia descobriram que pacientes somáticos apresentavam resultados piores do que aqueles que pareciam poder articular suas emoções. Foi visto por que isso pode acontecer. Os próprios mecanismos envolvidos na somatização implicam, em alguns casos, uma dificuldade ou mesmo uma impossibilidade para elaborar problemas por intermédio da fala.
A abordagem mais moderna utilizada, por exemplo, por psicanalistas lacanianos, dispensa o apelo ao insight. No caso da doença física, os problemas de simbolização são tratados com muita seriedade e afetam a maneira pela qual o analista trabalha com o paciente. Em vez de tentar explicar os sintomas, ele vai ajudá-lo a construir sua biografia, criando o ambiente para o estabelecimento de elos entre a doença e os detalhes de sua vida.
Por mais que o papel de fatores psicológicos na doença possam parecer óbvios, isso não da a receita exclusiva para uma cura. Ou, pelo menos, não o tempo todo. Um problema somático requer tratamento medico, e em alguns casos estão tão adiantado que pouco pode ser feito para removê-lo. Mas é vital reconhecer que há sempre um fator psicológico que deve ser ponderado em cada caso individual.
Hoje, terapias não-psicanalíticas florescem em muitos cenários de serviço de saúde. Terapias cognitivo-comportamentais, cursos de administração e controle de estresse e uma ampla gama de terapias breves têm conquistado terreno rapidamente. O uso em curto prazo dessas terapias (treinamento de relaxamento, biofeedback, meditação e imaginário mental direcionado) tem sido defendido em vários tipos de doenças, de