psicologia
No filme Carandiru, vimos que era a maior instituição prisional do país, localizava-se em São Paulo, com mais de sete mil detentos era composta por nove pavilhões, cada um com cinco andares, os corredores que chegavam a cem metros de comprimento e as celas de portas maciças onde somente sabiam o que se passava atrás delas ao serem abertas, os presos ficavam de dia soltos no pátio e eram trancados à noite. Os principais personagens foram apresentados durante o filme: o diretor Pires, aquele que “pisava em ovos” para administrar o presídio, o médico que era atencioso com todos. O Nego Preto, que era o líder da massa encarcerada e juiz das desavenças entre os presos, tudo era passado pela sua concessão, era respeitado por todos. O velho Chico, construtor de balões e prestes a ganhar a liberdade, o bígamo Majestade, que vivia entre assaltos e duas mulheres, o Zico e seu irmão que acabaram tendo desavenças e os dois mortos e o Sem Chance que se relacionava e com o travesti. Fica clara a falta de recursos humanos e infra-estrutura e como conseqüência muitos dos serviços como a faxina e a cozinha eram feitos pelos próprios presos. De certa forma isso apenas dificultava o controle pelos carcereiros, uma vez que os presos adquiriam funções fundamentais, ganhando reconhecimento e tornando-se mais poderosos. Os prisioneiros também exerciam outras atividades, trabalhando como alfaiates, como barbeiros e ajudavam na enfermaria, pois estavam cientes da lei que regulamentava: a cada três dias trabalhados, o detento ganha um dia de remissão da pena. A situação precária em relação ao espaço também trazia problemas, pois eram nas celas eram que os muitos presos ficam alojados, tendo apenas um vaso sanitário velho, uma pia e um cano com saída de água para o banho e os beliches que eram feitos de madeira ou de tijolos. O espaço público das celas era privatizado e existiam celas com superlotação fazendo com que