PSICOLOGIA
“A Missão” narra à história do padre Gabriel (Jeremy Irons), um jesuíta de bom coração que luta para defender os interesses indígenas ao lado de Fielding, e ao mesmo tempo tenta convertê-los para o cristianismo, no final do século XVIII. Gabriel passa a enfrentar problemas com o mercenário mercador de escravos Rodrigo Mendoza, mas vê a oportunidade de guiá-lo em sua redenção quando, após matar o próprio irmão Felipe num duelo pelo amor da jovem Carlotta, Rodrigo sequer consegue continuar vivendo. Decidido a se regenerar, e como forma de pagar penitencia pelo peso de seu passado, o mercenário se torna padre e parte para viver na missão jesuíta, junto aos índios que perseguia. Os problemas começam quando os interesses econômicos na região entram em conflito com a missão jesuíta.
Embora tivessem como objetivo a difusão da fé e a conversão dos nativos, as missões acabaram como mais um instrumento do colonialismo, onde em troca do apoio político da Igreja, o Estado se responsabilizava pelo envio e manutenção dos missionários, pela construção de igrejas, além da proteção aos cristãos, o que é conhecido como regime de padroado. Na análise de Darcy Ribeiro em As Américas e a civilização, as missões caracterizaram-se como a tentativa mais bem sucedida da Igreja Católica para cristianizar e assegurar um refúgio às populações indígenas, ameaçadas de absorção ou escravização pelos diversos núcleos de descendentes de povoadores europeus, para organizá-las em novas bases, capazes de garantir sua subsistência e seu progresso. Darcy também cunha a expressão Império mercantil salvacionista, para marcar a ideia de que as possessões ibéricas no Novo Mundo se