Psicologia

Percepção
Em psicologia, a percepção define-se como um conhecimento imediato de origem sensorial. Ela é “ o conhecimento mais directo ou mais imediato possível do objecto presente, com referência a uma área sensorial” (Jean Piaget) ou “ o conjunto de mecanismos e dos processos através dos quais o organismo toma conhecimento do mundo e do seu novo ambiente com base em informações elaboradas pelos sentidos” (Claude Bonnet).
Natureza da percepção
A percepção não é o espelho da realidade porque os nossos órgãos de sentido não respondem a muitos aspectos do ambiente que nos cerca; as vezes percebemos estímulos não presentes; a nossa percepção não resulta de um registo passivo e imediato de dados sensoriais; quando o mundo dos objectos penetra-nos pela porta dos sentidos, as mensagens precisam ser processadas, interpretadas e organizadas e a percepção é um conhecimento que se apoia na memória.
Importância da percepção
Na psicologia o estudo da percepção é de extrema importância porque o comportamento das pessoas é baseado na interpretação que fazem da realidade e não na realidade em si. Por este motivo, a percepção do mundo é diferente para cada um de nos, cada pessoa percebe um objecto ou uma situação de acordo com os aspectos que tem especial importância para si própria. Através do processo perceptivo desenvolvemos o nosso conhecimento do mundo exterior e do nosso próprio organismo.
Princípios da percepção
Constância neste princípio a forma com que os objectos são percebidos, olhando-se de diferentes ângulos, distâncias ou condições de iluminação, continua a ter a mesma forma, cor e tamanho. Verifica-se uma estabilidade da percepção, isto é, os seres humanos possuem uma resistência acentuada a mudança. Exemplo: Mesmo que coloquemos um dado objecto em diversas formas, posições e tamanhos, nem o objecto nem a percepção alteram.
Figura-fundo: neste princípio percebemos mais facilmente as figuras bem definidas e salientes que se inscrevem em fundos